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Mostrando postagens de maio, 2018

Milhar, milhão, bilhão e que tais.

Por Ronaldo Legey 10/06/2017 Os milhares de crianças ou as milhares de crianças? Boa pergunta. Esta é uma dúvida cada vez mais frequente - mas não para o corretor de ortografia e gramática do meu Office - que tem levado muita gente boa a se enganar na hora de fazer a concordância nominal conveniente. Na mídia televisiva então, repórteres e entrevistados de programas há que, por repetidas vezes, se equivocam, oferecendo-nos pérolas, já não tão raras assim, do tipo: duas milhões de mulheres, duzentas milhões de pessoas, trezentas milhões de visualizações, algumas milhares de armas, tantas milhares de mulheres e por aí vai. Possivelmente se deixam influenciar por numerais referentes a centenas, a partir de duzentos, os quais, por sua natureza adjetiva, concordam em gênero e em número com as palavras que determinam. É o que se pode constatar nos exemplos a seguir: ·        O trajeto de DUZENTOS quilômetros foi percorrido de ônibus até a en...
Atendi à chamada da GLOBONEWS e, bem cedo, me pus a assistir ao “casamento real”. Depois, saindo por aí, fui ouvindo os comentários de nossos conterrâneos: “palhaçada”; “p’ra que gastar tanto dinheiro? ”; “a mãe da noiva, coitadinha, estava sozinha”!; “as mulheres usavam cada chapéu cafona! ”; “um verdadeiro conto de fadas”. E muito mais. Entende-se que não há como impor a outros povos a nossa cultura nem desejar que valorizem o samba, a cerveja e a feijoada. Cada um na sua. Entretanto, o que me tocou mesmo, pois pareceu fora de propósito no século XXI, foi ouvir os apresentadores da TV acentuarem repetidas vezes que a noiva é afrodescendente, divorciada e feminista. O que isto importa? O olhar do casal nubente deixava transparecer que estavam tomados daquele “fogo que arde sem se ver”, cantado belissimamente por nosso Luís de Camões. Afinal, são dois seres humanos que se desejam e que quiseram se unir. Pronto! Simples assim! Às favas a tradição e os preconceitos!