Atendi à chamada da GLOBONEWS e,
bem cedo, me pus a assistir ao “casamento real”. Depois, saindo por aí, fui
ouvindo os comentários de nossos conterrâneos: “palhaçada”; “p’ra que gastar
tanto dinheiro? ”; “a mãe da noiva, coitadinha, estava sozinha”!; “as mulheres
usavam cada chapéu cafona! ”; “um verdadeiro conto de fadas”. E muito mais.
Entende-se que não há como impor a outros povos a nossa cultura nem desejar que
valorizem o samba, a cerveja e a feijoada. Cada um na sua. Entretanto, o que me
tocou mesmo, pois pareceu fora de propósito no século XXI, foi ouvir os
apresentadores da TV acentuarem repetidas vezes que a noiva é afrodescendente,
divorciada e feminista. O que isto importa? O olhar do casal nubente deixava
transparecer que estavam tomados daquele “fogo que arde sem se ver”, cantado
belissimamente por nosso Luís de Camões. Afinal, são dois seres humanos que se
desejam e que quiseram se unir. Pronto! Simples assim! Às favas a tradição e os
preconceitos!
ALVO OU ALVOS? PÚBLICO-ALVO OU PÚBLICOS-ALVOS? Ronaldo Legey 15/09/2020 “Eles foram alvo de denúncia ou alvos de denúncia”. Esta é a questão. Se nos guiarmos pelo que se ouve de repórteres no telejornalismo ou em outros meios de comunicação usados na mídia, continuaremos em dúvida. Basta ver, por exemplo, o texto abaixo, colhido no GLOBO: de 15-09-2020: Pedro Fernandes, secretário estadual de Educação, é preso por suspeita de chefiar esquema de corrupção; ex-deputada Cristiane Brasil é procurada. Os dois são alvos de uma operação que investiga supostos de desvios em contratos de assistência social (O GLOBO, 11-09-2020) Aos meus ouvidos ‘alvos’ soa estranho nesta frase, pois nos bancos escolares já me haviam ensinado o que muito claramente diz o Blog da Dad : “Na semana do Oscar, indicados são alvos de críticas”, escreveu o portal Uol. Eta pegadinha! Deixe no singular o substantivo abstrato que, depois de...
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