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Mostrando postagens de dezembro, 2010

"A nova cozinha nórdica", tradução do artigo publicado na revista NEWSWEEK

A nova cozinha nórdica . Meu primeiro contato com a cozinha nórdica se deu há dois anos, na Islândia , durante uma semana de inverno, quando eu provei desde baleias, renas e até o hákarl , uma iguaria tradicional da cozinha da Islândia, feita de carne de tubarão, que é deixada apodrecendo na terra durante dois meses e, depois, permanece secando um pouco mais.[A bebida recomendada? Um schnapps Brennivín (tipo de aguardente), carinhosamente apelidado de "morte negra"]. Esse prato nacional, com cheiro de amônia, passou a representar para mim o tipo de paladar estranho e enigmático que associei a viagens ao Atlântico Norte [i] . Então, quando fui passar um fim de semana prolongado em Copenhague, no mês passado, eu pensei que iria resistir aos lutefisk [prato feito à base de peixe ( fisk ) branco seco e soda cáustica ( lut )] e aos arenques em conserva.   Meu estômago embrulhava de medo, até vir a saber que o melhor restaurante do mundo está nesta cidade de conto de fadas. Um...

Agruras de um tradutor

As agruras de um tradutor Traduzir exige muito trabalho. Não basta conhecer bem a língua estrangeira e, é óbvio, a sua própria língua. Há muitas armadilhas e dificuldades que é preciso vencer. Lembro-me de um texto escrito em inglês, no qual havia uma referência a Roosevelt, que era considerado um Svengali quando falava ao público. Ora, a tradução era esta, mas e o que entender por Svengali? Ainda não estávamos com a Internet tão desenvolvida e o Google à disposição. Consultei um amigo meu italiano que vive atualmente no Rio de Janeiro. Perguntei-lhe se Svengali era algum personagem da literatura italiana que ele conhecesse. Não, não era. Felizmente, ele consultou um amigo seu e desvendamos o mistério. Svengali era um personagem de ficção no romance Trilby , de George du Maurier , datado de 1894. Era um hipnólogo que encantou uma cantora lírica sem voz e a fez cantar como ninguém, até que, após a morte do bruxo, ela perdeu a voz. Assim era Roosevelt: ao abrir a boca encantava a todos...